Curso de História, em Icó, é extinto
- Admin
- 4 de out. de 2017
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Icó. O curso de bacharelado em História, que funciona nesta cidade, por meio do Instituto de Estudos do Semiárido (IESA), no campus da Universidade Federal do Cariri (UFCA), foi extinto. A decisão foi adotada pelo Conselho Superior Pro tempore (Consup) da UFCA. O Grupo Técnico de Trabalho (GTT) ficou de divulgar as atividades que serão desenvolvidas no IESA.
A decisão tem por base parecer técnico sobre a situação atual do curso. Desde o início das atividades, em 2014, a graduação passou por uma série de dificuldades acadêmicas e administrativas para se manter, como baixa procura, alto índice de evasão e problemas de infraestrutura.
Em fevereiro de 2016, o Consup já havia suspendido a oferta de vagas para o curso, devido às condições apresentadas. Oito meses depois, foi aprovada a abertura do processo de extinção, após relatadas as condições insuficientes de manutenção do curso. A decisão pela extinção ocorreu em setembro passado.
A reduzida demanda e a elevada evasão foram os problemas apresentados logo no começo. Na primeira turma, em 2014.2, das 50 vagas ofertadas, apenas 23 foram preenchidas, mesmo após três reclassificações e chamadas pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Houve mobilização na divulgação do curso entre as escolas de Ensino Médio da região. No segundo semestre, o número de matrículas saltou para 45. Houve concessão de 47 bolsas para estudantes e 16 projetos chegaram a ser aprovados em editais de Ensino, Pesquisa, Extensão e Cultura.
Em 2016, 31 estudantes do curso de História receberam pelo menos um dos auxílios (moradia, alimentação, creche, óculos, emergencial) concedidos pela Assistência Estudantil, atendendo às demandas dos alunos em vulnerabilidade social. Mas a evasão permaneceu.
Atualmente, 37 alunos estão matriculados no semestre 2017.2, nas duas turmas que ingressaram em 2014.2 e 2015.1. Desses, dois já avisaram informalmente à coordenação do curso que vão abandoná-lo. Segundo o GTT, o alto índice de evasão reflete, entre outras questões, a não adesão da comunidade de Icó ao projeto do curso.
Segundo Pró-Reitoria de Ensino da UFCA, a Universidade tem o compromisso de diplomar os 37 graduandos que estão matriculados no curso. Em relação aos servidores técnico-administrativos e aos docentes, ainda será definida a lotação, caso a caso. O curso, no momento, conta com duas servidoras técnico-administrativas e sete docentes.
O campus da UFCA em Icó não encerrará as atividades com a extinção do curso de História. O GTT, com a comunidade de Icó, avaliará a implantação de novos cursos e modalidades de ensino. (H.B.)
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Incerteza dificultou investimento
Um dos entraves foi a impossibilidade da alocação de recursos do orçamento da UFCA para investir na infraestrutura do campus em Icó. Desde 2013, a Universidade tenta junto ao Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) e à Prefeitura, a cessão de um terreno para construção do campus. Questões alheias à Universidade inviabilizaram a resolução da situação no prazo necessário. O atraso levou a UFCA a remanejar os recursos, que poderiam ser destinados ao campus Icó, para atender às demandas de outros campi. A unidade de Icó enfrenta as incertezas orçamentárias e a falta de local adequado para salas de aula e administração.
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